Quando o fim do casamento é inevitável, é necessário solucionar as questões pendentes entre o casal e resolver como ficará a situação dos filhos, se houver, para que cada um possa seguir sua vida sem a interferência do outro, tendo uma nova chance de ser feliz.

Mesmo após a constituição de 1988, ainda existe a ideia de que a pessoa “desquitada” não pode contrair novo casamento e a ideia de que precisa que o outro precisa “dar o divórcio”. Atualmente, os conceitos sobre família e os procedimentos de dissolução foram adaptados à sociedade atual, proporcionando aos ex-casal a possibilidade de resolver essas questões do término de maneira menos desgastante.

Quando o ex-casal ainda possui diálogo, é possível que nesse término haja acordo, é o que conhecemos por divórcio consensual. Quando o casal possui filhos menores de idade ou incapazes, não é necessário nem entrar na justiça, o procedimento pode ser feito extrajudicialmente em cartório, com o auxílio de advogado.

Entretanto, não existindo mais entendimento entre os ex-cônjuges, é necessário entrar com pedido judicial de divórcio. Nessa ação, serão consideradas questões como o regime de comunhão escolhido pelo casal, isso definirá como serão partilhados os bens, e a necessidade de prestação de alimentos.

Nesse momento, acabamos com o mito do ditado popular: “quem sai de casa perde tudo”. O que vai proteger os bens é o regime de comunhão escolhido pelo casal no momento da separação.

O mesmo ocorre com os filhos, a separação de fato não tira dos ex-cônjuges o poder familiar sobre os filhos, pois a guarda, seja unilateral ou compartilhada, é definida pelas condições de ambos e sempre visando o melhor interesse da prole.